sexta-feira, 23 de abril de 2010

A CONDESSA DE MONTECOURT

A CONDESSA DE MONTECOURT
A Condessa de Montecourt – a mostra trapiche é um evento realizado no final de cada semestre letivo dos alunos de licenciatura de teatro na Universidade Federal de Sergipe Campus- Laranjeiras. Nesta mostra os alunos apresentam trabalhos teatrais relacionados as disciplinas ministradas.
Em junho de 2009, a turma de licenciatura em teatro 2009/1 apresentou o primeiro ato desse espetáculo escrito por Zelda Leite, aluna do curso, e encenada por alunos dessa mesma turma. Diante do resultado obtido nessa apresentação a aluna escreveu o segundo ato apresentado em dezembro de 2009 com o título A LUZ DO CABARÉ ( a vingança da condessa). O grupo decidiu unir os dois textos em uma peça de dois atos contando toda a história, e o espetáculo passou a ser apresentado em teatros na cidade de aracaju-se, e em festivais culturais.
A peça mistura contos infantis onde residem condessas, príncipes, espelhos mágicos e serviçais com uma linguagem contemporânea. A história monta a decadência financeira e moral da condessa de Montecourt, que no primeiro ato se vê esperando o seu príncipe encantado durante anos, e é trocada por uma prostituta. Pobre e abandonada por todos, termina como meretriz no seu próprio reino. O segundo ato conta a ascensão da condessa, que começa como uma cafetina e enfim recupera sua fortuna e encontra o verdadeiro amor.
Montada com um figurino de época essa comédia remete seu público a uma reflexão sobre o bem e o mal, e sobre o amor de maneira muito divertida e dinâmica.

Duração do espetaculo: 50 minutos


FICHA TÉCNICA


Concepção e produção: Zelda Leite
Assistência de produção: Jaqueline Paixão e Flávio Porto
Direção: Flávio Porto
Figurino: Zelda Leite
Assistência de Figurino: Grupo
Cenografia : Zelda Leite
Iluminação: Rogers Nascimento
Sonoplastia e Operação de Som: Flávio Porto
Montagem e Operação de Luz: Rogers
Designer : Renan
Elenco:
Anlayse
Ariane Rios
Dhiego Fraga
Felipe Santos
Francis Oliveira
Jaqueline Paixão
Jaqueline Santos
Kinho
Mateus Correia
Thiago
Yuri Martins
Zelda Leite



quarta-feira, 21 de abril de 2010

Mostra trapiche 2009 - 2

Fotos de algumas apresentações no Trapiche






































Exposição de mascaras produzidas pelos alunos na aula de mascara.


















Vestido de Noiva de Nelson Rodrigues

Depois de uma aula de maquiagem
















Reivindicação




Reivindicação as carteirinhas de estudante,e ao transporte para laranjeiras e a meia passagem.
Dia 22 de abril de 2010
Local: setransp – Perto do teatro Tobias Barreto no Dia
Horário 08:00 da manhã
Por favor não falte;Vamos lutar pelos nossos direito e por uma melhor condição de transporte público;pois a final pagamos caro.
Atenciosamente Rogers Nascimento, Membro do Centro acadêmico de Teatro da UFS – CAT-
OBS:Se não der para ir 08:00H por favor var 09:00H,mas não falte.A sua presença é fundamental.
Leve algo que faça barulho

domingo, 21 de março de 2010

""""""""""" Teatro """"""""""""



teatro (θέατρον) é uma forma de arte em que um actor ou conjunto de actores, interpreta uma história ou atividades para o público em um determinado lugar. Com o auxílio de dramaturgos ou de situações improvisadas, de directores e técnicos, o espetáculo tem como objectivo apresentar uma situação e despertar sentimentos no público. Teatro é também o termo usado para o local onde há jogos, espectáculos dramáticos, reuniões, apresentações, etc.

O termo teatro e seus significados
Segundo a Enciclopédia Britannica, a palavra teatro deriva do grego theaomai (θεάομαι) - olhar com atenção, perceber, contemplar (1990, vol. 28:515). Theaomai não significa ver no sentido comum, mas sim ter uma experiência intensa, envolvente, meditativa, inquiridora, a fim de descobrir o significado mais profundo; uma cuidadosa e deliberada visão que interpreta seu objeto (Theological Dictionary of the New Testament vol.5:pg.315,706)

O teatro, mais do que ser um local público onde se vê, é o lugar condensado das ambigüidades e paradoxos, onde as coisas são tomadas em mais de um sentido. Camargo assim o define (2005:1):

O vocábulo grego Théatron (θέατρον) estabelece o lugar físico do espectador, "lugar onde se vai para ver" e onde, simultaneamente, acontece o drama como seu complemento visto, real e imaginário. Assim, o representado no palco é imaginado de outras formas pela platéia. Toda reflexão que tenha o drama como objeto precisa se apoiar numa tríade teatral: quem vê, o que se vê, e o imaginado. O teatro é um fenômeno que existe nos espaços do presente e do imaginário, nos tempos individuais e coletivos que se formam neste espaço".

Jaco Guinsburg (1980:5) por sua vez, descreve a expressão cênica como formada por uma "tríade básica - atuante, texto e público", sem a qual o teatro não teria existência. Atuantes não são apenas os atores, podendo ser objetos (como no teatro de bonecos) ou outras formas ou funções atuantes (animais ou coisas); o texto, por outro lado, não é apenas o texto escrito ou o falado no palco, pois o teatro não é uma arte literária ou, como afirma Marco de Marinis (1982), no teatro há um texto espetacular. Greimas em seu estudo da narratologia usa o termo actante para definir um dos elementos que desenvolvem a narração (Greimas, A. J. y Courtes, J. (1990). Actante. En: Semiótica. Diccionario razonado de la teoría del lenguaje. Madrid: Gredos).

Aristóteles, ao final de sua Poética, escrita entre 335 e 323 AC, aponta que a tragédia pode ser lida, e, mesmo assim, sem ter o movimento da cena (gestos, etc), sem ser apresentada ao vivo, terá seu efeito sobre o leitor, igualando-se assim a Epopéia na forma lida. Entretanto, por possuir componentes extras, a música e o espetáculo, a Tragédia, segundo Aristóteles, torna-se superior a Epopéia, pois contém "todos os elementos da epopéia" e, além disso, contém o que não é pouco, a melopéia (música) e o espetáculo cênico. Ambos acrescem a intensidade dos prazeres e são próprios da tragédia. (trad. Eudoro de Souza, Os Pensadores, 1462a,p. 268.) O teatro também, ainda segundo Aristóteles, além da vantagem de "ter evidência representativa quer na leitura, quer na cena"', possui o poder de síntese, pois nele "resulta mais grato o condensado que o difuso por largo tempo" (trad. Eudoro de Souza, Os Pensadores, 1462b,p. 269.)

Natya Shastra - (Nātyaśāstra नाट्य शास्त्र), junto com a Poética de Aristóteles é um dos mais antigos textos sobre o teatro, o trabalho do ator, a produção de espetáculo e a dramaturgia clássica da Índia. Seus escritos descrevem a dança e a música clássica da Índia, que são partes fundantes do teatro nesta cultura. Foi escrito provavelmente entre os séculos 200 antes de Cristo e 200 da era cristã. Bharatamuni seria o autor do tratado, Bharata, significa 'ator', Bharatamuni pode ser traduzido como o sábio Bharata (Mota, 2006).

Origens da arte teatral
Existem várias teorias sobre a origem do teatro. Segundo Brockett, nenhuma delas pode ser comprovada, pois existem poucas evidencia e mais especulações. Antropologistas ao final do século XIX e no início do XX, elaboraram a hipótese de que este teria surgido a partir dos rituais primitivos (History of Theatre. Allyn e Bacon 1995 pg. 1), outra hipótese seria o surgimento a partir da contação de histórias, do desenvolvimento de danças, jogos, imitações. Os rituais na história da humanidade começam por volta de 30.000 anos atrás.

O primeiro evento com diálogos registrado foi uma apresentação anual de peças sagradas no Antigo Egito do mito de Osiris e Isis, por volta de 2500 AC (Staton e Banham 1996 pg. 241), que conta a história da morte e ressureição de Osiris e a coroação de Horus ( Brockett, pg. 9). A palavra 'teatro' e o conceito de teatro, como algo independente da religião, só surgiram na Grécia de Psístrato (560-510AC), tirano ateniense que estabeleceu uma dinâmica de produção para a tragédia e que possibilitou o desenvolvimento das especificidades dessa modalidade. As representações mais conhecidas e a primeira teorização sobre teatro vieram dos antigos gregos, sendo a primeira obra escrita de que se tem notícia, a Poética de Aristóteles.

Aristóteles afirma que a tragédia surgiu de improvisações feitas pelos chefes dos ditirambos, um hino cantado e dançado em honra a Dioniso, o deus grego da fertilidade e do do vinho. O ditirambo, como descreve Brockett, provavelmente consistia de uma história improvisada cantada pelo líder do coro e um refrão tradicional, cantado pelo coro. Este foi transformado em uma "composição literária" por Arion (625-585AC), o primeiro a registrar por escrito ditirambos e dar a eles títulos.

As formas teatrais orientais foram registradas por volta do ano 1000 AC, com o drama sanscrito do antigo teatro Indu. O que poderíamos considerar como 'teatro chinês' também data da mesma época, enquanto as formas teatrais japonesas Kabuki, Nô e Kyogen têm registros apenas no século XVII DC.
Grécia antiga
Gerald Else, importante helenista norte americano (1908-1982), considera que o teatro (drama) foi uma criação deliberada e não resultado de um processo evolutivo. Se os festivais gregos, antes de 534AC eram desempenhados por rapsodos, na forma oral, em 534 AC Téspis junta os elementos orais destas festividades com o coro, para criar uma forma primitiva de drama que seria desenvolvida totalmente somente a partir de Esquilo, com a adição de um segundo ator (Brockett, p. 16).

O primeiro diretor de coro conhecido foi Téspis, convidado pelo tirano Psístrato oficialmente para dirigir a procissão de Atenas. Téspis desenvolveu o uso de máscaras para representar pois, em razão do grande número de participantes, era impossível todos escutarem os relatos, porém podiam visualizar o sentimento da cena pelas máscaras. O "Coro" era composto pelos narradores da história, rapsodos que através de representação, canções e danças, relatavam as histórias do personagem. Ele era o intermediário entre o ator e a platéia, e trazia os pensamentos e sentimentos à tona, além de trazer também a conclusão da peça. Também podia haver o "Corifeu", que era um representante do coro que se comunicava com a platéia. Em uma dessas procissões, Téspis inova ao subir em um "tablado" (Thymele – altar), para responder ao coro, e assim, tornou-se o primeiro respondedor de coro (hypócrites). Surgindo assim os diálogos.

Autores
Os tragediógrafos
Muitas das tragédias gregas escritas se perderam e, na atualidade, são três os tragediógrafos conhecidos e considerados importantes: Ésquilo, Sófocles e Eurípedes. As datas abaixo são aproximadas.

Ésquilo (525 a.C a 456 a.C..)
Sófocles (497 a.C. a 406 a.C.)
Eurípedes (485 a.C. a 406 a.C.)
Os comediógrafos
Aristófanes (456 a.C. – 380 a.C.)
Menandro (c. 341 a.C. - 290 a.C.)
Comediógrafos romanos da antiguidade
Plauto e Terêncio

......O esporte da improvisação teatral......




Qual a relação entre hockey no gelo e o teatro? Nenhuma? Não! Pode parecer estranho num primeiro momento, mas vários atores espalhados pelo mundo misturam esse esporte com as artes cênicas, as chamadas Ligas de Improvisação Teatral. Aqui em Bauru, em meados de fevereiro de 2002, estiveram presentes dois atores argentinos adeptos dessa desconhecida maneira de fazer teatro para nós brasileiros. Ricardo Behrens e Estela Huergo ministraram oficinas para atores da cidade no SESC e no Teatro Municipal. Eles passaram um pouco de sua experiência na LIRA (Liga Improvisación de la Rep. Argentina), que existe desde 1988 em Buenos Aires.
O grande atrativo desse método é que ele é um jogo, os atores competem encenando em duas equipes que improvisam temas dos mais variados. Como numa partida de hockey, existe um juiz que verifica regras e aplica penalidades aos atores/jogadores. Por fim, é o publico do espetáculo que decide a equipe vencedora. O Macht de Improvisação, como é chamado o jogo, nasceu em 1977 na cidade de Montreal, Canadá, onde o hockey é um dos esportes mais populares, com os atores Robert Gravel e Yvon Leduc. Hoje, praticamente todos os países de língua francesa têm suas Ligas de Improvisação nacionais, e há até um mundial reunindo todos eles. Na Espanha também existem ligas, bem como no Chile, México e Colômbia, além da Argentina onde a liga de Buenos Aires disputa campeonatos com as cidades de Corrientes, La Plata, Mar del Plata e Mendonza.
Para Behrens, no Match a 12 anos e coordenador geral das ligas argentinas, o espetáculo teatral com regras desportivas traz muita adrenalina para o ator e "a certeza de cada apresentação será diferente", pois os atores ficam sabendo dos temas de atuação na hora e têm poucos segundos para decidir o que farão. Sobre a diferença entre o teatro tradicional com texto pronto, Behrens diz que "são prazeres diferentes, mas ambas formas de atuar emocionantes para o ator."
A técnica de improvisação estimula muito a capacidade criativa, a espontaneidade, imaginação, fantasia e sentimentos dos atores. Além disso, como é uma competição em duas equipes, ela é uma criação coletiva em que os atores imaginam e encenam a cena enquanto ela acontece, e o que é melhor, ninguém sabe como a história vai terminar.
Outro aspecto interessante, que para Behrens é um dos mais importantes, é a participação do público. "Como num jogo, o público aplaude e vaia a atuação dos jogadores e do juiz. São apresentações bem populares, no sentido de causarem muita emoção e participação na platéia durante o espetáculo e no momento em que escolhem a equipe vencedora", diz.
Para quem está conhecendo o Match de Improvisação, talvez o que cause mais espanto seja a semelhança com o hockey: cada equipe usa um uniforme à maneira de um atleta, a presença de um juiz uniformizado e que usa um apito, e o palco vazio (não existe cenário) tem medidas padronizadas como o espaço de uma quadra. Além de estranho, é engraçado ver um juiz cronometrando cada atuação dos atores e que apita a cada início e final de tempo. E gozado mesmo, é ver o público xingando o juiz quando não concorda com suas decisões (o arbitro julga durante o espetáculo se os atores estão obedecendo o tema de improvisação e pode até expulsar um ator).
Behrens e Huergo viajaram pelas cidades de Marília, Garça e Bauru para fazer um primeiro contato com os atores e incentivar a criação de uma Liga de Improvisação brasileira. Pretendem voltar ao Brasil em outubro para continuar o trabalho e enquanto isso planejam o primeiro mundial da língua espanhola.
O site da LIRA é www.la-lira.com.ar, e da LPI (Liga Porteña de Improvisación), que reúne todas do país, é www.lpi.com.ar, lá estão a história das ligas, informações dos campeonatos e as regras usadas pelos atores. No período em que estiveram aqui, Behrens e Huergo também criaram um site liga brasileira, que na verdade ainda não existe, mas vale pelas informações em português, http://www.geocities.com/matchbrasil/.

Autor:Reinaldo Chaves
URL:http://www.la-lira.com.ar/