quarta-feira, 25 de agosto de 2010

'Agosto de Nelson' fará leituras dramáticas de Nelson Rodrigues

Núcleo de teatro da UFS promove leituras dramtáticas para lembrar os 30 anos da morte do dramaturgo brasileiro.
Há 30 anos morria Nelson Rodrigues, apontado como o maior dramaturgo brasileiro. Para lembrar a data, o núcleo de teatro do UFS organizou o ciclo de leituras dramáticas 'Agosto de Nelson', que começa nesta quarta feira, 25, às 19h, na Casa Rua da Cultura, na Praça Camerino. A entrada é franca.

“São três noites aqui na Casa Rua da Cultura e outras duas no Campus de Laranjeiras da UFS. Para nós, do núcleo de teatro, é um dever apresentar a obra de Nelson Rodrigues para o público sergipano e tentar entender um pouco desse gênio da dramaturgia brasileira que é nordestino e poucos sabem. Nelson foi montado milhares de vezes em vários países e o conhecimento da obra dele traz uma ótima bagagem aos atores”, explicou o coordenador da mostra, professor Roberto Laplagne.

Programação

Na abertura, tem o texto 'Dorotéia', dirigido por Roberto Laplagne com encenação do Grupo Caixa Cênica e atores convidados. Na quinta-feira, 26, tem 'Anjo Negro', dirigido por Tetê Nahas e encenado pelo grupo Oxente de Teatro. Na sexta-feira, 27, Lindemberg Monteiro e a Companhia Stutifera Navis apresentam ‘Viúva, porém, Honesta'. O baiano Celso Júnior, também professor do curso de Teatro da UFS, traz a leitura do clássico 'Os sete gatinhos' e Flávio Porto encerra o ciclo de leituras trazendo a versão dele de 'A Serpente'.

Sobre Nelson Rodrigues

Nelson Rodrigues foi o mais revolucionário personagem do teatro brasileiro, abrindo as portas à moderna dramaturgia do país. Percorreu, contudo, um árduo itinerário, marcado pelas tragédias familiares e pela crítica contraditória. Desde seu primeiro texto, 'A Mulher Sem Pecado (1942)', foi considerado ao mesmo tempo um imoral e um moralista, reacionário e pornográfico, um gênio e um charlatão, escandalizando, como nunca, o público e a imprensa especializada da época com seu teatro desagradável. Explorando a vida cotidiana do subúrbio do Rio de Janeiro, preencheu os palcos com incestos, crimes, suicídios, personagens beirando a loucura, inflamadas de desejos e agindo apaixonadamente, até matando, e diálogos rápidos, diretos, quase telegráficos, carregados de tragédia e humor.

Fonte: Núcleo de Teatro da UFS

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